LEMBRA-SE DA CASA EDITH ?
"Sempre que passo pela praça surpreendo-me que a Casa Edith ainda esteja lá, suspensa no tempo, mais ou menos como devia ser na década de 1940 e certamente muito antes.
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LEMBRA-SE DA CASA EDITH ?
"Sempre que passo pela praça surpreendo-me que a Casa Edith ainda esteja lá, suspensa no tempo, mais ou menos como devia ser na década de 1940 e certamente muito antes. A loja é um estranho sobrevivente, um dos últimos remanescentes do tempo da Tecidos Urca, na Praça Tiradentes, onde minha mãe (que também se chama Edith) trabalhava quando mocinha. Como a loja clássica das Papelarias Requião, que fechou há algum tempo depois de 80 anos, sei que a Casa Edith (que vende ainda hoje chapéus e gravatas-borboleta que ninguém usa mais) não tem como durar muito tempo numa era implacável como a nossa.
Um dia vou passar por ali e não vou encontrar mais aquela entradinha perfumada com piso de madeira para olhar os arranjos ordeiros na vitrine. Não vou poder mais espiar para dentro e ver as caixas empilhadas umas sobre as outras, os balcões de madeira e vidro, os chapéus presos no teto, nas paredes e na parte inferior da escada que sobe para o segundo andar. Não vou mais poder olhar para o passado nos olhos ...". - (Texto de Paulo Brabo).
A Casa Edith foi fundada por Kalil Karam, o qual veio do Líbano em 1909, e deu esse nome à loja em homenagem a sua filha mais velha Edith Karam, nascida em Curitiba em 1913, e falecida em 2014 aos 101 anos.
Situada na Praça Generoso Marques, ela vende ítens masculinos tradicionais que não se encontram mais por aí, tais como: Chapéus panamá, de feltro, lã e pele de lebre; galochas, suspensórios, abotoaduras e prendedores de gravata, camisas sociais de punho duplo, ceroulas, bonés de feltro e lã, gravatas borboleta, robes de lá, luvas de pelica e sapatos de couro de cabra. bengalas, chinelas de lã forradas com pele de carneiro.
(Crédito/Fotos: baciadasalmas.com, blogs.odiario.com)
Paulo Grani
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