sexta-feira, 8 de abril de 2022

A MINA DE MERCÚRIO " Era o final da década de 1940 e o bairro da Água Verde, naquela época, não merecia destaque na cidade. Além do estádio do Atlético e do time do Água Verde, a infra-estrutura urbana resumia-se a umas três ou quatro ruas pavimentadas.

 A MINA DE MERCÚRIO
" Era o final da década de 1940 e o bairro da Água Verde, naquela época, não merecia destaque na cidade. Além do estádio do Atlético e do time do Água Verde, a infra-estrutura urbana resumia-se a umas três ou quatro ruas pavimentadas.


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" Era o final da década de 1940 e o bairro da Água Verde, naquela época, não merecia destaque na cidade. Além do estádio do Atlético e do time do Água Verde, a infra-estrutura urbana resumia-se a umas três ou quatro ruas pavimentadas. Mas foi esse o cenário de inusitado acontecimento, que ganhou destaque na imprensa local - "O dia em que jorrou mercúrio em Curitiba".

Foi na rua Coronel Dulcídio, entre a rua Brasílio Itiberê e a Avenida Getúlio Vargas. Existiam ali várias casas de madeira, todas pequenas e mal cuidadas, que por estarem enfileiradas umas atrás das outras, foram apelidadas de "Vagão". A construção vizinha era imponente residência de alvenaria, de propriedade de destacado funcionário da 'Antisardina', indústria de cosméticos local. Ele era chamado de 'Seo Zizi' e conhecido por gozar de vida bastante diferente dos outros moradores da região.

Naquela manhã o local do 'Vagão' amanheceu efervescente. A garotada que aproveitava a tranqüilidade do local para brincar na rua, foi surpreendida quando viu o chão de terra batido coberto por pequenas gotas de metal líquido, difíceis de se pegar com os dedos. Um, mais esperto, agarrou uma bolinha com a ajuda de uma colher. Aos poucos descobriu que ela podia aumentar de volume se fosse misturada com outras gotículas.

Alguém disse que era mercúrio, igualzinho aquele líquido que fica enfrascado, dentro dos termômetros. A noticia correu: 'Apareceu uma mina de mercúrio no Água Verde'. Poucas horas depois era grande o número de curiosos a observar a criançada ciscando a terra, enchendo vidros e vidros de remédio com bolinhas de mercúrio.

Mas o momento apoteótico ainda estava por vir. Foi quando uma moradora precipitou-se de encontro à valeta que, à frente do 'Vagão', separava o passeio da rua. Era ali que caia a água usada na lavagem dos pratos, panelas e roupas dos moradores das redondezas. Foi um estardalhaço. A senhora retirara, em meio ao líquido grosso e pestilento, meia garrafa (daquelas usadas para guardar leite antigamente) cheinha de mercúrio.

As rádios adoraram a notícia: 'Descoberto em Curitiba um veio de mercúrio'. Deu até no repórter Esso, glória maior dos noticiários. Mas pena que a alegria durou pouco. 'Culpa do Seo Zizi ?'

Conta-se que o endinheirado morador afanava o mercúrio da empresa em que trabalhava. Depois de uma dessas incursões, logo ao chegar em casa, deu uma de atrapalhado e derrubou no chão o produto do roubo. Foi mercúrio por todo lado, principalmente para dentro da valeta.

Os gozadores da época não perderam tempo. Na mesma noite cercaram o local e puseram uma placa de papelão: 'Propriedade da Prefeitura'. Não esqueceram também de derramar no local uma mistura de água com pó de alumínio (muito usado pelas mulheres para passar na chapa do fogão a lenha). Sob a claridade da rua, o alumínio dava a impressão de que a valeta era um cascata de mercúrio.

Ao final do outro dia todas as minúcias do 'grande acontecimento' já haviam sido descobertas e tudo voltava à rotina normal. Tudo igual, como era antes.

Menos para o "Seu Zizi", que ficou sem o emprego e teve que mudar de bairro."

(Escrito por: Diniz Bonilauri (publicitário e artista plástico) / Extraído de: Trezentas Histórias de Curitiba)

Paulo Grani 

quinta-feira, 7 de abril de 2022

Nesta foto da década de 1910, contemplamos a pequena locomotiva utilizada pela "Cia. Matte Larangeira" para percorrer os estreitos trilhos, de bitola 60cm, da ferrovia construída por ela, ligando Guaíra a Porto Mendes, no oeste do Paraná.

Nesta foto da década de 1910, contemplamos a pequena locomotiva utilizada pela "Cia. Matte Larangeira" para percorrer os estreitos trilhos, de bitola 60cm, da ferrovia construída por ela, ligando Guaíra a Porto Mendes, no oeste do Paraná.


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A LOCOMOTIVA DA CIA. MATTE LARANGEIRA

Nesta foto da década de 1910, contemplamos a pequena locomotiva utilizada pela "Cia. Matte Larangeira" para percorrer os estreitos trilhos, de bitola 60cm, da ferrovia construída por ela, ligando Guaíra a Porto Mendes, no oeste do Paraná.

Essa estrada de ferro foi construída em 1917, com extensão de 60 km. foi construída pela Cia. Matte Larangeira e, portanto, era particular, destinada a transportar a erva-mate adquirida junto aos coletores da região.

Em 1929, ela foi encampada pelo governo do Estado do Paraná, que determinou seu uso público. Em 1944, o presidente Getulio Vargas encampou a ferrovia e anexou-a à RVPSC.

Após o seu encampamento, a população de Foz do Iguaçu passou a utilizar essa ferrovia para vir à curitiba ou ir à São Paulo.

Partia de Foz em navio com destino a Porto Mendes. De lá pegava-se o trem até Porto Guaíra. Depois seguia via fluvial até Presidente Epitàcio (SP). Lá outro trem da Sorocabana levava os passageiros até um entroncamento, que dava opção para ir a Curitiba ou São Paulo.

(Foto: Acervo Paulo José Costa)

Paulo Grani

Nesta rara foto de 1882, o predinho recém-inaugurado como Escola Carvalho, foi o primeiro edificio escolar projetado para atender a instrução primária de Curitiba, para onde a Escola de Desenho e Pintura foi transferida em 1889, sita à Rua Aquidaban nº 92 (atual Emiliano Perneta),

 Nesta rara foto de 1882, o predinho recém-inaugurado como Escola Carvalho, foi o primeiro edificio escolar projetado para atender a instrução primária de Curitiba, para onde a Escola de Desenho e Pintura foi transferida em 1889, sita à Rua Aquidaban nº 92 (atual Emiliano Perneta),


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Foto publicada no Almanak Laemmertz, de 1913, de Feliciano Guimarães & Cia., sita à Praça Municipal nº 21, de Curitiba. Comercializava café em grãos e fabricava fumos em rolos. Era uma época em que não havia cigarros fabricados por industrias, porém, os adeptos do fumo faziam artesanalmente seus próprios cigarros, costumeiramente chamados de "paieiros" (palheiros), por serem feitos com as palhas de milho. Paulo Grani

 Foto publicada no Almanak Laemmertz, de 1913, de Feliciano Guimarães & Cia., sita à Praça Municipal nº 21, de Curitiba.
Comercializava café em grãos e fabricava fumos em rolos. Era uma época em que não havia cigarros fabricados por industrias, porém, os adeptos do fumo faziam artesanalmente seus próprios cigarros, costumeiramente chamados de "paieiros" (palheiros), por serem feitos com as palhas de milho.
Paulo Grani


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Vista de Curitiba a partir do Circulo Militar (25 Jun 1957) Foto de Armin Henkel

 Vista de Curitiba a partir do Circulo Militar (25 Jun 1957)
Foto de Armin Henkel


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RELEMBRANDO O TEATRO SÃO THEODORO A pedra fundamental foi edificada a 25/03/1874 e a obra, concluída dez anos depois: a 28/09/1884, e o teatro receberia o nome de São Theodoro, localizava-se na Rua da Assembléia, atual Dr. Muricy.

 RELEMBRANDO O TEATRO SÃO THEODORO
A pedra fundamental foi edificada a 25/03/1874 e a obra, concluída dez anos depois: a 28/09/1884, e o teatro receberia o nome de São Theodoro, localizava-se na Rua da Assembléia, atual Dr. Muricy.


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Sua primeira fachada, após a inauguração, década de 1910.
Foto: cmc.pr.gov.br

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Com sua fachada já reformada, na década de 1930, agora funcionava o Teatro Guairá.
Foto: gazetadopovo.com.br

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Momento de sua demolição, em 1939.
Foto: gazetadopovo.com.br

RELEMBRANDO O TEATRO SÃO THEODORO
A pedra fundamental foi edificada a 25/03/1874 e a obra, concluída dez anos depois: a 28/09/1884, e o teatro receberia o nome de São Theodoro, localizava-se na Rua da Assembléia, atual Dr. Muricy.
Após o início das atividades do teatro, em uma das primeiras apresentações um colunista da época descreve as características dos eventos lá apresentados, bem como a vida cultural da elite curitibana:
"Chegavam as damas, com seus longos vestidos e joias cintilantes. Cavalheiros severos e empertigados dentro de solenes casacas. Luzes e flores. Fitas e veludos. Frisas, camarotes e plateia tomados por uma assistência seleta e numerosa. Estavam ali representadas as principais famílias da “Cidade Sorriso” de então e, na frisa oficial, o doutor Taunay, ilustre presidente da província, acompanhado da excelentíssima esposa, dona Maria Cristina. O espetáculo estava sendo esperado, com ansiedade, pois como ponto de atração assinalava a presença de uma senhorita da mais alta sociedade paranaense que acedera, em dele participar, como executante. Graciosa e encantadora, moça, quase menina, teve a coroar- lhe à entrada, no palco, uma verdadeira tempestade de aplausos. Um lindo vestido branco, cuja vaporosidade e frescura eram severizadas por um bolero de veludo negro. Uma figurinha frágil e delicada [...]. Os longos cabelos, finos e sedosos, caindo-lhe sobre os ombros até o chão estavam presos por um laço de fita, que semelhava-se a uma borboleta, pousada, de leve, numa flor [...] e uma flor, entre flores, suas irmãs, era Amália Ribeiro, a formosa jovem que naquela noite memorável, tocaria, em benefício de um escravo, em favor de cuja libertação reverteria o resultado do espetáculo".
Nos dez primeiros anos de funcionamento do Teatro São Theodoro, Curitiba veria uma prática eclética que transitava entre apresentações de árias e aberturas operísticas, operetas, revistas e, com a mesma intensidade, a realização de bailes que mantinham função de destaque na sociedade elitizada. [...]
Após a eclosão da Revolução Federalista, o Teatro São Theodoro seria desviado de suas funções culturais para servir de prisão destinada a encarcerados políticos. “Sua plateia, outrora cheia de alacridades e burburinhos da família curitibana, transformou-se num mundo fantasmagórico, cheia de andarilhos, verdadeiros espectros humanos de reclusos denunciados”. A partir deste período, até o fim do século, o teatro permaneceria fechado para eventos de qualquer espécie."
Essa situação permanece até 1900, quando é reinaugurado com o nome de Theatro Guayrá. Em 1939 é demolido.
(Adaptado de: programa.ufpr.br / Fotos: cmc.pr.gov.br , gazetadopovo.com.br)
Paulo Grani

Esta foto de 1962 mostra as instalações da Servopa Volkswagen na Rua Rockfeller em Curitiba.

 Esta foto de 1962 mostra as instalações da Servopa Volkswagen na Rua Rockfeller em Curitiba.


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quarta-feira, 6 de abril de 2022

em 1964, Curitiba era um dos points da velocidade brasileira. Aqui, a prova de 6 horas de Curitiba. A prova ocorreu no centro da cidade.

 em 1964, Curitiba era um dos points da velocidade brasileira.
Aqui, a prova de 6 horas de Curitiba. A prova ocorreu no centro da cidade. 


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Foto para marcar e tentar reconhecer os amigos: 1967 Antigo Colégio Cajuru em Curitiba.

 Foto para marcar e tentar reconhecer os amigos:
1967 Antigo Colégio Cajuru em Curitiba.


Nenhuma descrição de foto disponível.O Colégio na verdade chamava-se Nossa Senhora de Lourdes foi fundado em 1906 pelas mãos das irmãs de São José, mas somente no ano seguinte foi reconhecido pelo estado como escola. Sua primeira diretora foi a irmã Júlia Jarre, que permaneceu no cargo por 52 anos. A escola foi, durante muito anos, conhecida como Colégio Cajuru, mesmo nome do bairro onde nasceu e onde ajudou a escrever boa parte da história da região. Ao longo de 100 anos, o colégio conquistou reconhecimento como internato feminino e, posteriormente, em 1972, quando também passou a aceitar rapazes, como escola mista. Por ali, passaram inúmeras gerações.

Uma reportagem da Gazeta do Povo contou a história desse colégio e você confere neste link

https://www.gazetadopovo.com.br/.../colegio-nossa...

Em 1971 Curitiba recebia uma nôva (ainda com acento) Loja Prosdócimo no centro de Curitiba.

 Em 1971 Curitiba recebia uma nôva (ainda com acento) Loja Prosdócimo no centro de Curitiba.


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