quarta-feira, 18 de maio de 2022

Quando a construção do edifício-sede da Telecomunicações do Paraná S/A – Telepar, no Alto do S. Francisco, em Curitiba, chegou à sexta laje, no início de 1968, a obra teve de ser interrompida às pressas.

 Quando a construção do edifício-sede da Telecomunicações do Paraná S/A – Telepar, no Alto do S. Francisco, em Curitiba, chegou à sexta laje, no início de 1968, a obra teve de ser interrompida às pressas.


Pode ser uma imagem de ao ar livre e monumentoNey Braga, criador

Quando a construção do edifício-sede da Telecomunicações do Paraná S/A – Telepar, no Alto do S. Francisco, em Curitiba, chegou à sexta laje, no início de 1968, a obra teve de ser interrompida às pressas. Após cuidadosa vistoria, constatou-se que ocorrera um erro de cálculo no concreto empregado na construção. As colunas estavam sendo erguidas com concreto deficiente.

FARID SURUGI
O então governador Paulo Cruz Pimentel determinou a imediata rescisão do contrato com a construtora carioca que levantava o prédio e chamou a empreiteira curitibana Farid Surugi para levar adiante o projeto de 20 andares. Paulo sacrificou até a sua candidatura ao Senado Federal para concluir a obra, finalmente inaugurada em 3 de outubro de 1970, recebendo o nome de Palácio das Telecomunicações Presidente Costa e Silva.

UMA REVOLUÇÃO
Essa é uma das histórias relatadas no livro “Telepar – a revolução das telecomunicações no Paraná”, de 560 páginas (RS$ 100,00), que será lançado nesta quarta-feira (13) na Fiep da Avenida das Torres, a partir das 16 horas. Privatizada há 19 anos, a Telepar foi considerada em vários momentos uma empresa estatal exemplar. Faltou muito pouco para a empresa atender toda a demanda por telefones em seus quase 35 anos de existência, mas ela obteve a nota 10 em vários indicadores de qualidade medidos pela holding Telebrás. Além disso, foi pioneira na implantação de tecnologia de ponta e de modernos serviços e procedimentos.

CRIADA POR NEY BRAGA
Criada em 1963 pelo governador Ney Braga para tirar o Paraná do atraso na área da telefonia, a Telepar conseguiu em relativamente pouco tempo integrar o Estado por meio de uma rede de micro-ondas que não tinha paralelo nos demais Estados.

Com a chancela da Associação dos Aposentados, Pensionistas do Setor de Telecomunicações no Paraná (Astelpar), o livro foi escrito por quatro ex-empregados da Telepar (o jornalista Walter W. Schmidt, o relações-públicas José Francisco Cunha, o economista Paulo Arruda Bond, o engenheiro Israel Kravetz), mais o empresário Wilson R. Pickler, fornecedor e parceiro da estatal durante muitos anos.

HISTÓRIA DA TELEFONIA
O livro registra um pouco da história da telefonia no Paraná antes de abordar a vida da Telepar propriamente dita, como os tempos da Companhia Telefônica Nacional (CTN), da Radional, especializada em ligações telefônicas interurbanas e internacionais, e das várias companhias que funcionavam no interior do Estado. Ao todo, são 36 capítulos, sendo dois deles dedicados ao processo da privatização da empresa, ocorrido em 1998, passando pela implantação da telefonia celular, da telefonia rural e das fibras ópticas.

TUDO MUITO EXPLICADO
Foram gravadas quase 70 horas de entrevistas com ex-presidentes, ex-diretores, ex-gerentes e ex-funcionários. Pesquisas foram realizadas no Arquivo Público do Paraná, na Biblioteca Pública do Paraná, na Hemeroteca da Biblioteca Nacional, e em acervos de ex-funcionários.

A obra reúne ainda depoimentos de ex-teleparianos e uma listagem com quase 18 mil nomes de pessoas que trabalharam na empresa.

Construção do edifício histórico, no São Francisco
Construção do edifício histórico, no São Francisco

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