terça-feira, 14 de março de 2023

O Misterioso “Bacharel de Cananéia”

 O Misterioso “Bacharel de Cananéia”


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Personagem intrigante da história brasileira do século XVI, narrada por. Pero L. de Sousa e, sua
expedição a terras brasileiras para combater franceses que roubavam Pau-Brasil.
Segundo Jaime Cortesão, o Bacharel era Duarte Perez, degredado em 1498, Jaime baseou sua
teoria na viagem de Bartolomeu Dias que, em 1498 se encontrava em Cabo Verde e, lá existia
um homem de nome “Bacharel”, Jaime acredita que o navegador veio para o Brasil e, como o
limite das terras portuguesas, era entre São Vicente e Cananéia, ele foi deixado ali.
Outro possível Bacharel seria Cosme Pessoa Fernandes, um nobre português e, posteriormente
degredado por crime civil em seu país. Foi trasladado para a ilha-prisão de São Tomé e Príncipe
durante um ano, lá servindo como ouvidor-geral e, acabou enviado ao sul do litoral de São
Paulo, região de Cananeia, para ser garantidor das possessões portuguesas ganhas pelo Tratado
de Tordesilhas.
O Bacharel viveu entre os carijós da área, ganhou liderança e, respeito na então aldeia de
Maratayama, servindo durante décadas como intérprete, traficante de escravos e, guia para
navios que começavam a aflorar por aquelas águas.
Ainda temos, Antônio Rodrigues que alguns historiadores afirmam ser o “Bacharel de
Cananéia”.
Poucos documentos se referem a esse personagem, ele é nomeado tão somente, como
“Bacharel”. Foi assim que a ele se referiu Diego Garcia quando o encontrou na costa de São
Vicente e, lhe encomendou um carregamento de escravos, em 1527.
Também foi chamado pelo irmão de Martim Sousa, o escrivão da Armada Pero Lopes de Sousa,
quando foi encontrado em Cananeia, em 1531.
Ainda com esse apelido foi citado pela rainha da Espanha quando solicitou o seu auxílio, em
1536, para o navegador Gregório Pesquera, que pretendia fazer uma viagem do Brasil. E
também num documento, anônimo, de 1540, que se referia ao fato do Bacharel, ter deixado
plantações em Cananeia.
Apenas estes quatro documentos se referem à existência do Bacharel, particularmente em
Cananeia e Iguape.
Em 1895, o historiador Ernesto Guilherme Young, baseado em farta documentação garimpada
nos arquivos de Iguape, identificou o Bacharel como Cosme Fernandes, também chamado
Bacharel Mestre, teoria aceita por boa parte dos historiadores dos primórdios da colonização
portuguesa na América.
Hamilton F Sampaio Junior

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