terça-feira, 23 de maio de 2023

Eufrásia Teixeira Leite (1850-1930), foi uma investidora financeira e filantropa, sendo a mulher mais rica do Brasil do Século XIX

 Eufrásia Teixeira Leite (1850-1930), foi uma investidora financeira e filantropa, sendo a mulher mais rica do Brasil do Século XIX


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Eufrásia Teixeira Leite (1850-1930), foi uma investidora financeira e filantropa, sendo a mulher mais rica do Brasil do Século XIX, da poderosa família de Fazendeiros, os Teixeira Leite, herdeira de uma fortuna de 767 contos novecentos e trinta e sete mil, oitocentos e setenta e seis réis, o que equivalia na época à dotação pessoal do imperador D. Pedro II ou a 5% das exportações brasileiras.

Logo depois, em 1873, morreu sua avó, a baronesa de Campo Belo, e as irmãs receberam mais 106:848$886 (cento e seis contos, oitocentos e quarenta e oito mil e oitocentos e oitenta e seis réis) que lhes cabia como parte da herança, na forma de títulos, débito bancário e escravos, que logo foram vendidos.

Após a perda dos pais em 1872, Eufrásia e sua irmã, Francisca Bernardina, passaram a administrar com notável talento a herança recebida, multiplicando seu patrimônio e deixando, em testamento, uma fortuna que poderia comprar 1.850 quilos de ouro, aos preços da época, e cuja maior parte foi legada a instituições assistenciais e educacionais da cidade de Vassouras-RJ. O usufruto da riqueza garantiu-lhe a emancipação econômica, tornando-a, além de uma bem-sucedida rentista.

Era filha caçula do Dr. Joaquim José Teixeira Leite e Ana Esméria Correia e Castro, sendo neta paterna do barão de Itambé, neta materna do barão de Campo Belo, sobrinha do barão de Vassouras e sobrinha-neta do barão de Aiuruoca.

Seu pai e seu tio barão de Vassouras se estabeleceram como capitalistas, fundando, no Rio de Janeiro, a empresa "Casa Teixeira Leite & Sobrinhos", que emprestava dinheiro a juros e realizava intermediações financeiras com os prósperos fazendeiros de café.

Desde 1880, Eufrásia mantinha amizade com a Princesa Isabel e a Família Imperial Brasileira, por ser membro da prestigiada família dos Teixeira Leite, e por que compartilhava de suas ideias abolicionistas.

Eufrásia Leite financiava associações de amparo aos órfãos e aos mais necessitados. Em 1880 ajudou o Conde D’Eu a fundar a “Sociedade de Beneficência Brasileira em Paris” criada para ajudar brasileiros desvalidos em território francês.

Após o exílio da Família Imperial Brasileira em 1889, Eufrásia passou a ser amiga íntima da Princesa Isabel, mantendo a família Imperial a par dos acontecimentos do Brasil Republicano. “Eufrásia Teixeira Leite era muito amiga da minha avó Princesa Isabel, que nos dizia que apesar de permanecer solteira, tinha um comportamento mais do que exemplar. Meu Pai o Príncipe do Grão Pará foi um dos últimos a visitá-la em seu leito de morte no Rio de Janeiro em 1930” Relata o Príncipe Pedro de Alcântara Gastão de Orléans e Bragança.

Sem "descendentes nem ascendentes", seu primeiro testamento legava toda a sua fortuna para o Instituto das Missionárias do Sagrado Coração de Jesus, instituição católica com sede em Roma, mas que geria diversos estabelecimentos de instrução no Brasil. Um segundo testamento, feito as vésperas de sua morte, legou praticamente toda a sua fortuna para obras de caridade, a serem realizadas por instituições da cidade de Vassouras.

Fonte: Eufrásia Teixeira Leite, 1850-1930: fragmentos de uma existência

Via Brasil Imperial

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